"Ter filhos e criá-los é cada dia gerar e pari-los outra vez, sem descanso."
Lya Luft, Perdas e Ganhos.

domingo, 17 de abril de 2011

Limites como educar filhos e pais.

Comentei que fui na Fazendinha e lá ocorrerão alguns episódios bem desagradáveis e que me deixaram extremamente irritada. Lá não é um lugar barato e apesar das inúmeras promoções em sites de descontos, ainda assim é caro. Por isso muitos dos visitantes são pessoas que vivem de "maneira tranquila". É muita criança com babás, roupas e acessórios importados. E como diz meu marido eu paguei e tenho tanto direito quanto eles. Mas nem é bem assim que funciona.

A Clara inventou de subir em um briquedo que tem uma espécie e ponte de madeira e ela balança. Claro que a macaquita de imitação quis ir atrás. Eu não vi mal algum nisso, até porque o brinquedo estava vazio. E foi só elas subirem para vir um menino com a mãe e subir no brinquedo também. Isso não teria nada demais se o menino fosse menos mal educado. O garoto tinha por volta dos seus 4 anos e corria de um lado para o outro empurrando tudo e todos que vissem pela frente. Eu pedi a ele para não fazer isso e nada! O garoto continuou a chutar, empurrar e correr. A Fernanda estava apavorada toda vez que o menino vinha, e a ponte balançava de um lado pro outro. A infeliz da mãe da pobre criança ficava ao lado olhando e alheia a tudo! Não esboçava nenhuma palavra, nenhum som, nenhuma reação. Ela via que o menino estava a ponto de machucar alguém e nada falava.

Eu me estressei! Subi no brinquedo e tirei minha filha de lá, não sem antes chamar a atenção do menino. Eu fiz errado, pode ser... mais eram as minhas filhas que ele empurrava e a idiota da mãe parada estava, parada continuou. Eu queria ver se fosse o contrário? Será que ela continuaria estática? Essa foi a primeira cena desagradável que presenciei.

A outra foi na fila da tirolesa. Estava esperando a  Clara descer com a Fernanda perto da fila. A fila do brinquedo tinha umas 10 crianças e chegou um menino com a babá, querendo entrar na frente de todo mundo. O menino tinha 2 anos e 9 meses, era pequeno e a babá nada falou. Ele petulante, até pela idade, entrou na frente de um outro menino que não deixou barato. Na minha frente você não entra, disse o menino. E quanto mais o menino dizia que ele não ia entrar, mais o atrevido gritava que ia entrar sim. E a babá coitada, nada fez. Também nem poderia com aquela ferinha rugindo e cuspindo para todos os lados. Isso porque ele tem quase 3 anos.

Eu fiquei assustada, mas depois que vi a família que ele tem fiquei mais tranquila. Sabia que isso não era contagioso e que dependia somente de mim ensinar as minhas filhas a serem diferente. O menino acompanhado da babá estava com os pais e a irmã de colo. Posavam para fotos enquanto a babá tentava enquadrar a imagem. O pai do leãozinho, o senhor Leão rugiu ainda mais alto que o filho para que a babá tirasse logo a tal foto. A babá tenta explicar que tinha um senhor no fundo da foto. O senhor estava a mais ou menos uns 6 metros de distância daquela família. Alguém pode imaginar o que o Leão fez?
Sim, ele mandou que a babá fosse lá pedir que o senhor saísse dali para não estragar a foto deles. E quem era o homem que atrapalhava essa família? Era o meu marido!

Pensando nessas cenas, observando esses comportamentos eu consigo ter uma noção do porque mães e pais não são respeitados, porque jovens morrem tão cedo e são tão insatisfeitos por natureza. Como ter limites se os pais não tem limites? Como educar se a base não tem educação? Não enxergo uma criança de 3 anos sendo um ditador mirim. Eu não quero isso para as minhas filhas e nem quero crianças assim perto delas. Respeito e educação independem da sua conta bancária. E é isso que essas pessoas não entendem.

7 comentários:

Adriana ,Sofya e Emanuelle disse...

ai amiga querida.... acho que somos boas mamaes né.
Hj aconteceu algo do mesmo nivel aqui...Estava descendo de carro aqui no meu condominio e uma menina e um menino de 6/7 anos tacaram uma pedra no meu carro, parei e falei um monmte pra menina, desci, estacionei o carro e fui falar com o pai dela...Ele foi um IGNORANTE e praticamente espancou a menina na frente de todos e disse: nao quero vc brincando com essas meninas(as minhas), fiquei mal por ele ter batido nela...masssss
Ai Sof e Manu estavam assustadas pela cena , eu disse: Jamais vcs joguem pedras em alguma coisa...jamais,.,..e TENHO ABSOLUTA CERTEZA que minhas filhas jamais farao isso..

cOMO tem pais tao idiotas ? rs

Sybelle Alheiros disse...

É impressionante, mas é bastante comum esse tipo de coisa...
Me assusta bastante, não quero meus filhos ''os perfeitos'' mas com certeza os quero educados e humanos, vc tem razão Liane...
Muito triste presenciar essas coisas.
bjssss

Unknown disse...

Agora tenho mais certeza ainda , de que o problema não são as crianças e sim os pais que elas tem.

Pobre criança, dá até para imaginar como será quando for adulto, será um homem mimado, inconveniente e sem amigos, pq de gente assim as pessoas querem distância.

bjs

Liane Giesel disse...

Dri você sabe que eu não tenho pena! Tomei umas palmadinhas da mamãe que nunca me fizeram mal. Não sou a favor nem contra, cada um sabe onde seu calo aperta! Agora eu no seu lugar agradeceria por ele não permitir que a sua filha brincasse com as meninas... onde já se viu, jogar pedras no carro? Isso porque é dos outros se fosse dela eu acho que não faria isso.

Liane Giesel disse...

Deia e Sybelle vocês falaram tudo. Com o tempo as pessoas vão se afastando de crianças e adultos assim, é difícil conviver. Eu não quero filhas perfeitas, como disse Sybelle, quero filhas humanas, que sentem a dor do outro, que tenham compaixão, e que saibam partilhar.

Beijos e obrigada pelos comentários

Cristina Santos Morais disse...

Adorei a sua experiência e reflexão.
Com certeza é aí que nascem os adultos que amanhã cometem as maiores atrocidades com o próximo, pois acham que são os donos do mundo.
Beijos e parabéns pela super mãe q vc é.

Priscila disse...

Liane,
Tenho visto essas cenas se repetirem cada vez mais. Quanta criança mal educada a gente encontranas festinhas e nos passeios po aí. Um bando de pais alienados e que só esperam a primeira oportunidade pra deixar o filho sem supervisão.
Não dá pra descansar. São essas oportunidades, em que a gente convive com outras pessoas, que a gente tem que dar noção de cidadania pros pequenos, né? Nem que seja mostrando os contra exemplos...
Mas que dá vontade de pegar pelo braço e levar lá na mãe, dá, né?
Bjs.

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