Cada um protege os seus.

Essa frase é a mais pura verdade.
Hoje aconteceu que a síndica veio novamente aqui em casa reclamar do sei lá o que.... aquela ladainha de sempre, de mulher mal comida e tal. Como eu sou educadíssima já cheguei dando uma voadora (brincadeirinha). O problema é que eu sou desse tipo mesmo, baixo o barraco sem medo e sem vergonha! Falo alto e até xingo palavrão. :0S

Queria (eu juro!) ser mais, digamos assim, educada. Mas não consigo! Ainda mais com gente sem educação... aí meu nego, nivelo por baixo. E sabe, com louco não se brinca e é ótimo porque ninguém reclama comigo ou de mim. Claro ficam com medo da louca do 202.

Sendo assim sou "a diferente" da minha casa. Aqui todas são, estilo poodle, calmíssimas. Amamentadas a chá de cidreira. E depois de passada a confusão sofrem tanto. Nossa!
Minha mãe depois dos barracos condominiais chega a passar mal. E quem aguenta, normalmente sou eu que estou por perto. Mais não estou reclamando.

Então acabei desabafando com o Claudio que também adora brigar, que fica chocado como eu sou barraqueira. Mais porque estou contando isso.
Porque depois de tudo calmo eu liguei para avisar que estava tudo bem e que a síndica pediu desculpas, e ele me vira com a pérola (sim é pérola!):
- Li eu quero te falar que é assim que a minha mãe se sente quando você conta pra ela dos nossos problemas. Ela também passa mal.

Eu como estou tão calma respondi, sem medo, que cada um protege os seus. Se a minha mãe pode ficar a par dos nosso problemas, a mãe dele também deve ficar, e no mais ela não soube de nada que fosse ofensivo.

Para clarear a história, assim que voltei pra casa e que ele disse que não assumiria meu filho, minha mãe ligou pra irmã dele contando que eu estava grávida e que ele seria pai. Que este era o segundo filho, mais que eu não tiraria este como tirei o primeiro. Era somente para deixá-los ciente que tem uma criança comigo que é da família deles.

É ou não é muita folga?